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DÓLAR ATINGE R$ 6 APÓS ANÚNCIO DE MUDANÇAS NO IMPOSTO DE RENDA E CORTE DE GASTOS

 


O dólar alcançou R$ 6 nesta quinta-feira (28), uma marca histórica atribuída à reação negativa do mercado ao pacote econômico apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Por volta das 11h45, a cotação recuou levemente para R$ 5,98.

A principal preocupação dos investidores está na ampliação da isenção do Imposto de Renda (IR) para salários de até R$ 5 mil, que pode comprometer o equilíbrio fiscal do governo. Apesar das medidas de corte de gastos, estimadas em R$ 30 bilhões para 2025 e R$ 40 bilhões em 2026, especialistas avaliam que a proposta de aumento da faixa de isenção causará um impacto significativo nas contas públicas.

Entre as ações anunciadas, Haddad confirmou reajustes no salário mínimo e maior taxação sobre rendas acima de R$ 50 mil como formas de compensar a perda de arrecadação. O projeto de lei que detalha essas mudanças, porém, só deve ser enviado ao Congresso em 2025.

A consultoria Tendências alerta que a isenção para rendas até R$ 5 mil reduziria para apenas 15% a parcela da população que paga IR, enquanto o custo estimado da medida é de R$ 45,8 bilhões, segundo a Warren Investimentos. A falta de clareza sobre a sustentabilidade fiscal tem gerado desconfiança, pressionando o câmbio e ampliando a volatilidade nos mercados financeiros.

Com o dólar em alta, o impacto será sentido diretamente no preço de produtos importados, combustíveis e insumos, podendo aumentar a inflação nos próximos meses. O cenário também evidencia a dificuldade do governo em conciliar o alívio para a classe média com a preservação do arcabouço fiscal, elemento-chave para a credibilidade econômica do país.






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