Mulher acusada de matar o próprio filho após o nascimento teria desferido golpes no pecoço do bebê com um garfo e o sufocado. A informação é da Polícia Civil, que afirmou ainda que a suspeita escondeu o corpo da criança em um móvel e, no dia seguinte ao parto, o pai da criança, um líder religioso, o colocou em um bueiro.
De acordo com as investigações, Antônio Cardoso Cunha, 36, líder religioso, mora em uma residência onde mantém uma igreja no térreo, uma residência dividida com a esposa no primeiro andar e, nos fundos, acolhe pessoas em vulnerabilidade. A mãe do bebê, Jamile Rolim da Silva, 20, era uma dessas pessoas. Eles mantinham um relacionamento amoroso e, para que a esposa de Antônio não soubesse da traição, ele sugeriu o aborto. Ainda conforme a Polícia, ela teria ido no sábado, 6, à casa de um parente para tomar um abortivo e deu à luz ao bebê, que nasceu vivo.
Eles foram presas por homicídio e ocultação de cadáver de um recém-nascido, em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). O corpo da criança foi encontrado por policiais civis após buscas na cidade.
Após a localização do corpo, o bairro Marechal Rondon, em Caucaia, parecia um campo de guerra. Havia fogo, fumaça e muita correria. Moradores iniciaram ações de represália ao suspeito do crime e incendiram o veículo do suspeito e saquearam a igreja
Imagens gravadas pelos próprios moradores mostram as pessoas arrancando as portas da van que era de Antônio Cardoso. Outros invadiram a igreja dele e começaram a furtar os objetos. É possível ver em um dos vídeos um rapaz levando um botijão de gás nas costas. Cadeiras e equipamentos eletrônicos foram levados.
Foi solicitada a presença do Comando de Policiamento de Rondas e Ações Intensivas e Ostensivas (CPRaio), que esteve no local. Várias viaturas do policiamento local também estavam no bairro. O Corpo de Bombeiros também atuou para debelar o fogo.
Com informações de Jéssica Sisnado / O Povo
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